terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

OS TRÊS CRIVOS

Certa vez um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos ouvidos: - Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
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- Espera!... ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que me vais dizer pelos três crivos?
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- Três crivos? perguntou o visitante, espantado.
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- Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro, é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto aquilo que pretendes comunicar?
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- Bem, ponderou o interlocutor, - assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi dizer e... então...
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-Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que me queres contar?
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Hesitando, o homem replicou:
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- Isso não... Muito pelo contrário...
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- Ah! - tornou o sábio - então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.
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- Útil?!...- aduziu o visitante ainda agitado. - Útil não é...
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- Bem - rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom, nem ao menos útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificação para nós...Aí está, meu amigo, a lição de Sócrates, em questões de maledicência...
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Irmão X

Livro: Mensagens de Saúde Espiritual
Médium: Francisco Cândido Xavier

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Lei do Trabalho


O trabalho é uma necessidade do Homem, esta necessidade, porém não é fixa e imutável, pois à medida que a civilização humana progride, aumenta e modifica as necessidades e os prazeres do Homem, fazendo-o trabalhar mais.

O que seria Trabalho? Dentre as definições encontradas no Novo Dicionário Aurélio, trabalho é a aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim; é uma atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento. Estas definições corroboram o que dizem os Espíritos “Toda ocupação útil é trabalho.” Desta forma, tanto um empregado de uma indústria que se utiliza de sua força física, quanto um escritor que se utiliza de seu conhecimento intelectual, ou nosso anjo guardião que se utiliza da mente e do amor, realizam um trabalho.

Tudo na Natureza e no Universo é criado e conservado pelo trabalho dos seres que deles fazem parte. Por este motivo o trabalho é uma Lei Natural. O Homem expia e aperfeiçoa a sua inteligência, bem como satisfaz sua necessidades de alimentação, segurança e bem-estar através do trabalho.

Os animais também participam ativamente da conservação da Natureza, porém individualmente seu trabalho é limitado aos cuidados de sua conservação, eles são regidos principalmente pelos instintos de reprodução e preservação. O Homem além dos cuidados de sua conservação, trabalha para desenvolver-se moral e intelectualmente, progredindo de forma constante.

O Homem pode assegurar sua subsistência, porém deve-se manter útil, trabalhando de forma menos material, com o objetivo de desenvolver-se e auxiliar o outro, desta forma estará mais próximo das Leis de Deus.

O trabalho não deve ser realizado ininterruptamente, pois isto causaria um desgaste desnecessário ao corpo físico. O limite do trabalho será sempre o limite das forças do trabalhador. O repouso neste momento é parte importante da Lei do Trabalho, garantindo a reparação das forças e o fortalecimento do trabalhador.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Seja Feliz

Durante um seminário para casais, perguntaram à esposa: - Seu marido lhe faz feliz ? Ele lhe faz feliz de verdade ?

Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando segurança. Ele sabia que sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu com um 'Não', bem redondo...

'Não, não me faz feliz'
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Neste momento, o marido já procurava a porta de saída mais próxima quando veio a conclusão da resposta.

- Ele não me faz feliz... Eu sou feliz. O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele e sim de mim.
E continuou dizendo:
- Eu sou a única pessoa pela qual depende minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância, sobre a face da terra, eu estaria com sérios problemas.

Tudo o que existe nesta vida muda constantemente... O ser humano, as riquezas, meu corpo, o clima, meu chefe, os prazeres, etc. E assim poderia citar uma lista interminável. Às demais coisas eu chamo 'experiências'; esqueço-me das experiências passageiras e vivo as que são eternas : amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Lembro-me de viver de modo eterno.

Talvez seja por isso que quando alguém me faz perguntas como esta: 'Você é feliz no seu casamento?' ou 'Você é feliz?', gosto de responder com apenas uma frase, como se esta fosse a conclusão de todo o seminário, como se esta fosse a chave de toda a felicidade, de todo matrimônio e de toda vida humana; gosto de responder com aquela velha e famosa frase que ainda não conseguimos compreender:
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'A felicidade está centrada em mim'.
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Há pessoas que dizem: 'Hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque alguém não soube me dar valor...'
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*SEJA FELIZ* ,

mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro,mesmo que alguém tenha lhe machucado, mesmo que alguém não lhe ame ou não lhe dê o devido valor.
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*SEJA FELIZ. *

sábado, 2 de fevereiro de 2008

O SEXTO SERMÃO - Carl G. Jung

O demônio da sexualidade insinua-se em nossa alma como uma serpente. Trata-se de uma alma semi-humana e chama-se pensamento-desejo.

O demônio da espiritualidade pousa em nossa alma como um pássaro branco. Trata-se de uma alma semi-humana e chama-se desejo-pensamento.

A serpente constitui uma alma telúrica, semidemoníaca, um espírito relacionado com o espírito dos mortos. Com o espírito dos mortos, a serpente penetra vários objetos terrenos. Ela também instila temor de si no coração dos homens e inflama-lhes o desejo. A serpente geralmente tem caráter feminino e busca a companhia dos mortos. Ela se associa aos mortos presos à terra que não encontraram o caminho pelo qual se passa ao estado de solidão. A serpente é uma prostituta que se consorcia com o demônio e maus espíritos; ela é um espírito tirano e atormentador, sempre tentando as pessoas a cultivar a pior espécie de companhia.

O pássaro branco representa a alma semicelestial do homem. Ele vive com a mãe, descendo ocasionalmente da morada materna. O pássaro é masculino e chama-se pensamento efetivo. Ele é casto e solitário, um mensageiro da mãe. Voa alto sobre a terra. Comanda a solidão. Traz mensagens de longe, daqueles que nos antecederam na partida, daqueles que alcançaram a perfeição. Leva nossas palavras até a mãe. A mãe intercede e adverte, mas não possui poderes contra os deuses. Ela é um veículo do sol.

A serpente desce às profundezas e, com sua astúcia, ao mesmo tempo paralisa e estimula o demônio fálico. Ela traz das profundezas os pensamentos mais ardilosos do demônio telúrico; pensamentos que rastejam por todas as passagens e tornam-se saturados de desejo. Embora não deseje sê-lo, ela nós é útil. A serpente escapa ao nosso alcance, nós a perseguimos, e assim ela nos mostra o caminho, o qual, com nossa limitada capacidade humana, não poderíamos encontrar.

-Os mortos ergueram o olhar com desprezo e disseram: - Cessa de falar-nos sobre deuses, demônios e almas. Sabemos de tudo isso em essência há muito tempo!

Do livro Sete Sermões aos Mortos de Carl G. Jung

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Se procuras ensejo para realizar-te,
em matéria de paz e felicidade, age e serve sempre.

Emmanuel

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO (ESE)