domingo, 13 de abril de 2008

O amor


Quem somos nós para dizer a maneira correta de amar? O que seria amar uma pessoa? Lembrei da minha juventude, quando colecionava figurinhas, havia algumas figurinhas que falavam o que era o amor, muitas pessoas vão lembrar, começava assim: Amar é ...

Amar é ... aceitar o próximo de jeito que ele é.
Amar é ... querer vê-lo progredir e melhorar.
Amar é ... ajuda-lo sempre.
Amar é ... não esperar nada em troca.
Amar é ... servir.


Será que nós sabemos amar? A maioria de nós ainda deseja ser amada, somos todos seres carentes, que vêem no amor uma forma de se completarem. Mas amar é um sentimento completo em si, porque aquele que ama de verdade, possui dentro de si toda a infinidade da vida. O amor é o sentimento que nos impulsiona ao outro.

Como os seres humanos estão sempre evoluindo, o amor que é um sentimento destes seres também evolui, e o desenvolvimento do amor é fruto direto da evolução do Espírito que o pratica. A princípio o amor é instinto, sua manifestação é bruta, é a forma primitiva de amar, depois se torna um amor possessivo, o ser amado é uma propriedade, pode ser manipulado, coagido e controlado, esta fase é marcada pelo egoísmo. O amor torna-se então obsessivo, o ser amado é a razão de viver, é o sentido da vida, é o amor que acaba sufocando o ser amado. Surge então o amor dominador, aprisiona o ser amado , envolvendo-o no sentimento, não permite que tenha a sua própria identidade, é reconhecido pelo ciúme. Após estas etapas de aprendizado, o amor torna-se parceiro, compartilha com o ser amado, no cotidiano, a vivência do amor, mesmo quando estão em dificuldades, reconhecemos este amor pela compreensão, amizade, afeto e companheirismo. O amor torna-se então fraterno, é capar de dividir-se, de doar-se sem necessidade de reconhecimento ou gratidão. O mais sublime é o amor Divino, caracterizado pelo amor de Deus às criaturas, é a própria expressão da perfeição.

Deus criou todos os seres por amor e para amar.

Jesus veio nos ensinar o verdadeiro amor, aquele amor que transforma o outro, que é capaz de sair de si e comprometer-se com o progresso do outro.

Aprender a amar é a nossa finalidade. Mas amor é ação, não é apenas um sentimento que se nutre por alguém ou por alguma coisa. E como podemos aprender a amar? Só há uma forma de aprender a amar, é amando. Amamos quando nos doamos ou quando agimos em benefício do outro e com o outro.

Amar é uma aprendizagem. Não existe amor ou desamor à primeira vista, o que realmente existe é uma simpatia ou antipatia. Nós não sentimos amor simplesmente, nós vivenciamos amor. Como disse Ermance Dufaux: “Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos”.

Bibliografia consultada


O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
Laços de afeto, Ermance Dufaux
O Amor em Ação, Neíse Távora

Lei da Destruição

Se olharmos à nossa volta, poderemos perceber que tudo no universo está constantemente se destruindo e se construindo. Os Espíritos nos disseram que na natureza é necessário que tudo se destrua, para renascer e se regenerar, porque o que conhecemos como destruição, é na verdade transformação. Para que um animal se alimente e sobreviva é necessário que ele destrua outro ser vivo, seja um animal que ao pastar, destrói a grama, que agora lhe servirá de alimento, seja caçando outro animal. Este é um acontecimento útil, pois proporciona um equilíbrio natural entre os seres vivos.

Porém esta destruição não deve ultrapassar os limites das necessidades. Os animais não destroem mais do que o necessário, e o homem que possui o livre-arbítrio acaba abusando.
A natureza muitas vezes provoca a destruição através de flagelos como os terremotos, tsunames, secas, etc., ela o faz com o objetivo de fazer com que a humanidade progrida mais rapidamente.
Dizem os Espíritos: ”–Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, se ele não for dominado pelo egoísmo”. (LE 740)


Outra forma de destruição muito conhecida do homem é a guerra, que nos povos bárbaros era a demonstração do direito do mais forte, porém à medida que o homem vai progredindo, vai diminuindo a necessidade da guerra, pois o homem procura evitar as suas causas, mas se ela realmente surgir, o povo que estaria mais evoluído adicionaria mais humanidade à guerra, porque esta será necessária para que o povo alcance mais rapidamente a liberdade e o progresso.
Apesar de o assassinato ser um grande crime aos olhos de Deus, pois ao tirar a vida de uma pessoa, estará interrompendo uma vida de expiação, prova ou de missão, aqueles que os cometem na guerra, quando são forçados, não são tão culpados, porém serão responsáveis pelas crueldades que cometerem. A crueldade é o instinto de destruição no que ele tem de pior, pois ela jamais é necessária. Ela tem sempre como origem na natureza má da pessoa que a pratica.


Outra forma de assassinato conhecido e por muito tempo justificado por ser uma questão de honra é o duelo, vale lembrar que a morte num duelo pode ser considerada tanto um assassinato quanto um suicídio, pois o homem estará arriscando a sua vida pelo seu orgulho e pela sua vaidade. Há muito mais honra em se reconhecer culpado, quando erra e em perdoar, quando se tem razão.

Uma forma de assassinato, considerada legal por muito tempo é a pena de morte, já abolida em muitos países, pois o homem à medida que evolui compreende que existem outras formas de se preservar do perigo, e educar, sem matar.

Baseado no O Livro dos Espíritos de Allan Kardec.

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Se procuras ensejo para realizar-te,
em matéria de paz e felicidade, age e serve sempre.

Emmanuel

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO (ESE)