domingo, 20 de setembro de 2009

ESTUDO NA PARÁBOLA


Comentávamos a necessidade da divulgação da Doutrina Espirita, quando o rabi Zoar ben Ozias, distinto orientador israelita, hoje consagrado às verdades do Evangelho no Mundo Espiritual, pediu licença a fim de parafrasear a parábola dos talentos, contadas por Jesus, e falou, simples:

- Meus amigos, o Senhor da Terra, partindo, em caráter temporário, para fora do mundo, chamou três dos seus servos e, considerando a capacidade de cada um confiou-lhes alguns dos seus próprios bens, a título de empréstimo, participando-lhes que os reencontraria, mais tarde, na Vida Superior...

Ao primeiro transmitiu o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade e o Prestígio; ao segundo concedeu a Inteligência e a Autoridade e ao terceiro entregou o Conhecimento Espírita.

Depois de longo tempo, os três servidores, assustados e vacilantes, compareceram diante do Senhor para as contas necessárias.

O primeiro avançou e disse:

- Senhor, cometi muitos disparates e não consegui realizar-te a vontade, que determina o bem para todos os seus súditos, mas, com os cinco talentos que me puseste nas mãos, comecei a cultivar, pelo menos com pequeninos resultados, outros cinco, que são o Trabalho, o Progresso, a Amizade, a Esperança e a Gratidão, em alguns dos companheiros que ficaram no mundo... Perdoa-me, ó Divino Amigo, se não pude fazer mais!...

O Senhor respondeu tranquilo:

- Bem está, servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo terreste e reinicia a obra interrompida, renascendo sob o amparo das afeições que ajuntaste.


Veio o segundo e alegou:

-Senhor, digna-te desculpar-me a incapacidade... Não pude compreender claramente os desígnios que preceituam a felicidade igual para todas as criaturas e perpetrei lastimáveis enganos... Ainda assim, mobilizei os dois valores que me deste e, com eles, angariei dois outros que são a Cultura e a Experiência para muitos dos irmãos que permanecem na retaguarda...

O Excelso Benfeitor replicou, satisfeito:

-Bem Está, servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo terreste e reinicia a obra interrompida, renascendo sob o amparo das afeições que ajuntaste.


O terceiro adiantou-se e explicou:

-Senhor, devolvo-te o Conhecimento Espírita, intocado e puro, qual o recebi de tua munificência... O Conhecimento Espírita é luz, Senhor, e, com ele, aprendi que a tua Lei é dura demais, atribuindo a cada um conforme as próprias obras. De que modo usar uma lâmpada assim, brilhante e viva, se os homens na Terra estão divididos por pesadelos de inveja e ciúme, crueldade e ilusão? Como empregar o clarão de tua verdade sem ferir um incomodar? E como incomodar ou ferir, sem trazer deploráveis consequências para mim próprio? Sabes que a Verdade, entre os homens, cria problemas onde aparece... Em vista disso, tive medo de tua Lei e julguei como sendo a medida mais razoável para mim o acomodar-me com o sossego de minha casa... Assim pensando, ocultei o dom que me recomendaste aplicar e restituo-te semelhante riqueza, sem o mínimo toque de minha parte!...

-Servo infiel, não existe para a tua negligência outra alternativa senão a de recomeçar toda a tua obra pelos mais obscuros entraves do princípio...

-Senhor!... Senhor!...- Chorou o servo displicente. - Onde a tua equidade? Deste aos meus companheiros o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade, o Prestígio, a Inteligência e a Autoridade, e a mim concedeste tão-só o Conhecimento Espírita... Como fazes cair sobre mim todo o peso de tua severidade?


O Senhor, entretanto, explicou brandamente:

-Não desconheces que te atribuí a luz da verdade como sendo o bem maior de todos. Se ambos os teus companheiros não acertaram em tudo , é que lhes faltava o discernimento que lhes podias ter ministrado, através do exemplo, de que fugiste por medo da responsabilidade de corrigir amando e trabalhar instruindo... Escondendo a riqueza que te emprestei, não só te perdeste pelo temor de sofrer e auxiliar, como também prejudicaste a obra deficitária de teus irmãos, cujos dias no mundo teriam alcançado maior rendimento no Bem Eterno, se houvessem recebido o quinhão de amor e serviço, humildade e paciência que lhes negaste!...


-Senhor!... Senhor!... Porquê? - Soluçou o infeliz - porque tamanho rigor, se a tua Lei é de Misericórdia e Justiça?


Então os assessores do Senhor conduziram o servo desleal para as sombras do recomeço, esclarecendo a ele que a Lei, realmente, é disciplina de Misericórdia e Justiça, mas com uma diferença: para os ignorantes do dever, a justiça chega pelo alvará da Misericórdia; mas, para as criaturas conscientes das próprias obrigações, a Misericórdia chega pelo cárcere da Justiça.


(Londres, Inglaterra, 10.08.1965)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O CONSOLADOR - Pergunta 96


96 - Toda a moléstia do corpo tem ascendentes espirituais?


- As chagas da alma se manifestam através do envoltório humano. O corpo doente reflete o panorama interior do espírito enfermo. A patogenia é um conjunto de inferioridades do aparelho psíquico.

E é ainda na alma que reside a fonte primária de todos os recursos medicamentosos definitivos. A assistência farmacêutica do mundo não pode remover as causas transcendentes do caráter mórbido dos indivíduos. O remédio eficaz está na ação do próprio espírito enfermiço.

Podeis objetar que as injeções e os comprimidos suprimem a dor; todavia, o mal ressurgirá mais tarde nas células do corpo. Indagareis, aflitos, quanto às moléstias incuráveis pela ciência da Terra e eu vos direi que a reencarnação, em si mesma, nas circunstâncias do mundo envelhecido nos abusos, já representa uma estação de tratamento e de cura e que há enfermidades dalma, tão persistentes, que podem reclamar várias estações sucessivas, com a mesma intensidade nos processos regeneradores.

sábado, 5 de setembro de 2009


SALVE A NATUREZA NO CIO

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Se procuras ensejo para realizar-te,
em matéria de paz e felicidade, age e serve sempre.

Emmanuel

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO (ESE)